quinta-feira, 16 de setembro de 2010

MAIS UMA DO DICIONÁRIO DUS PESSUAL TUDO

Essa ouvi hoje de um policial, que não deixa de fazer parte "dus pessual tudo".


"O cara morava em um terreno onde as casas eram GERMINADAS.

Socorrooooo! Será que nas tais casas havia muitos germes????????????

Repórteres de polícia sigilosos e suas fontes maravilhosas

Que todo repórter de polícia é sigiloso isso não é novidade. Lá muito antigamente, quando eu ainda nem sonhava em ser jornalista, esses profissionais tinham a tiracolo seus famosos "sebosos", aquelas agendas caindo aos pedaços, com folhas amareladas que continham em seu interior a chave para resolver qualquer caso de polícia ou qualquer matéria absurda que o chefe pedia. O tempo foi passando e esse repórter, que vivia em portas de delegacias e nas ocorrências de rua, muitas vezes parecido até com o próprio policial foi mudando. Chegaram os bips e teletrims, as agendas eletrônicas, os computadores e os telefones celulares. A essência, no entanto, continuou a mesma.

Claro que hoje ninguém anda disfarçado de policial e não tem mais o seboso. A agenda passou a ser no celular ou no nextel ( diga-se de passagem eu tenho os dois e se perder a agenda estou perdida). Mas atitudes são as mesmas. Tem uns que travestidos de repórteres de TV, andam de terno e gravata e quando falam ao telefone, quase que sussuram. Outros, de fala mansa, falando sempre muito baixo, quando notam que algum colega distraído se aproxima de seu computador fecham tudo para que não sejam observadas suas anotações e suas agendas. Tem até a máxima do colega, em uma apuração muito sigilosa, mandou o motorista seguir. Parte da equipe, o piloto do diário carioca perguntou para onde e o colega disse: é sigiloso. Segue que no caminho explico.

Tem a máxima também de um colega que seguia por uma avenida movimentada do Rio em cima de um caminhão de abacaxi. O pior é que atrás desse caminhão, onde o " profissional sigiloso" se escondia, havia o carro de reportagem tarjado com o nome do veículo onde trabalhava e com o fotógrafo. Enfim coisas de repórteres de polícia investigativos.

Enfim, o pior de tudo, da classe de repórtes de jornalismo investigativo, é a classe de puxa sacos. Cobrindo essa área que hoje se denomina "segurança pública" e também na área investigativa, nunca tive a cara de pau de puxar saco da fonte. Faço matérias, sou legal, preservo a fonte mas puxar saco, nunca!


E foi uma cena explícita de babação que vi quando certo dia, estava com um grupo de jornalistas no mesmo restaurante de comida a quilo e vi um delegado entrando no restaurante. Ele viu jornalistas, cumprimentou todos, serviu seu prato, pesou e foi almoçar tranquilamente e sozinho em uma mesa do self service. Não cabia ali convidar o delpol para sentar conosco porque era um momento em todos se alimentavam de uma maneira rápida para seguir para as redações e colocar todo o material apurado no papel, ou no computador. Daí que o tal repórter sigiloso, muito bem vestido, deixa seu prato na mesa pela metade, saca um nextel como se estivesse falando com alguém, muito baixo claro e vai até a mesa do Doutor Delpol apertar a mão dele. O Dr. Delpol já estava terminando o almoço e levantou para apertar a mão do repórter como cortesia. Resultado: o repórter não satisfeito pegou sua boleta de pagamento, deixou a comida pela metade e seguiu com o Dr. Delpol tentando inventar uma história e alimentando o "papo ocasional". Socorroooooo!!!!!!!

Tem a outra do muito sigiloso, que da redação, saca do telefone e liga para vários doutores delpol se identifica e depois segue como que rezando um rosário, elogiando todos os feitos daquela equipe naquele dia. Depois se apresenta de novo e pede a matéria. É diz e tem fama de "senhor de todas as fontes". É de doer. Outro, de preto, se misturou aos policiais. No meio da matéria ele fingia não conhecer os colegas para continuar a receber informações privilegiadas de suas fontes.

Os causos não param por aí. Todo repórter de polícia que se preza tem suas fontes, seus segredos, suas chaves secretas para descobrir qualquer entrelinha de um caso de vulto. Todo repórter investigativo sempre vai ter aquela fonte que soluciona qualquer incógnita e joga no jornal do dia seguinte a matéria que todos vão suitar e pressionar as autoridades a, enfim, falar a verdade. É a vida. É o jornalismo. Mas que chega a ser folclórico, pitoresco, isso chega. É o perfil desses profissionais que assinam nossas páginas do dia a dia.